Para quem gosta de números, o clássico de ontem foi um prato cheio. Recorde nacional de público na temporada: 61.807 pessoas na Fonte Nova. Onze gols no triunfo do Vitória por 6x5. Quatro só do atacante Índio. E a mística do reduto tricolor vai perdendo o encanto. O rubro-negro venceu os últimos dois jogos na casa do rival e reeditou o tabu. É o Bahia quem não vence no estádio há três anos. O gol de Paulinho ficou esquecido no longíquo fevereiro de 2004. A partida foi movimentada, com três viradas. Impossível prever resultado tão inusitado. Fácil mesmo é adivinhar as preleções dos treinadores. “O jogo é pelas laterais. Apertou, dá a bola no Índio”, diria o sisudo Givanildo Oliveira. “Clareou, manda no gol. Vamos testar os reflexos do Emerson”, dispararia um inquieto Arturzinho. Times no ataque, sem maiores preocupações defensivas. E o convidado Mauro Galvão se revirando nas cabines de imprensa com o festival de falhas de ambos os lados. Zagueiro de precisão incomum nas décadas de 70, 80 e 90, assistiu ao seu primeiro Ba-Vi a convite do Bahia. Garantiu que não tem planos para o futebol baiano, mas bem que poderia dar umas aulas antes de voltar a Porto Alegre.Posicionamento, marcação homem a homem, cobertura. Faltou às defesas o beabá do futebol. Mas se o ídolo de Vasco e Grêmio não leva para o Sul boas referências dos zagueiros, terá farto material sobre meias e atacantes. Índio jogou para assegurar transferência. Marcou quatro gols e deu passe para outro. Esteve em todas as partes do campo, formou duplas afinadas com os laterais e assegurou os primeiros três pontos do Vitória no quadrangular decisivo aos 47 minutos do 2º tempo, quando o placar insistia no empate em 5x5. São 23 gols marcados no Campeonato Baiano. Sete só contra o Bahia.
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As aparências enganam
O sujeito tinha um amigo que era gago de dar dó. Penalizado, um dia lhe indica um fonoaudiólogo famoso por suas curas. Algumas semanas depois, eles se encontram novamente.
- E aí? - pergunta o sujeito. - Já teve alguma melhora?
E o gago responde:
- Toco preto, porco crespo. A aranha arranha o arame. O rato roeu a roupa do rei de Roma.
- Que maravilha!
- Po-po-po-de até-té se-ser, ma-ma-mas onde é que-que eu vo-vou u-u-usar e-esta po-po-porca-caria?
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4 comentários:
Eu há dias chamei o botafogo 4x4 vasco de pelada, no sentido de o resultado ser enorme em golos para as 2 equipas. Como eu errei.
Apesar de as defesas cometerem 1 ou outro erro nos lances de golos, por estes dias, relembrei-me das regras do futebol, que aprendi nas aulas de educação física (desporto): o objectivo no futebol é fazer mais golos que o adversário.
Ora, essas equipas, em vez de fazer futebol brincadeira ou menos sério (como eu erradamente pensava) fizeram a festa do futebol, a festa dos golos. Que interessa se houve falhas na defesa? Não interessa para nada.
Houve emoção, houve futebol bonito, houve futebol de ataque, houve golos e, munte importante, houve raça.
Esse ba-vi, então, não se fala, né?
Parabéns munte sinceros, a quem teve a sorte de presenciar tão belos espectáculos e às equipas, que homenagearam os criadores do futebol, pois futebol é emoção e festa, e nesses jogos épicos, isso sobrou (e de que forma).
Móce, isht'oje foi introspéctive! (risos)
abraces, nobre baiane!!!
ps: parabéns pela justa vitória na taça rio, Chique!
Caro Chico, tem que se valorizar mesmo um resultado como o do ultimo BA-VI, foi realmente impressionante, pra quem gosta mesmo de futebol, foi um jogaço. A mim me surpreendeu isso acontecer num BA-VI, pois em 1999 estive em Salvador e pude assistir a um clássico na Fonte Nova. O jogo acabou em 1x1, mas foi um dos piores jogos que ja vi na minha vida. Que bom ver os dois grandes da Bahia de novo tão bem.
Abraços amigo.
Ricardo.
Paraí-RS
E surge mais um artilheiro no futebol brasileiro, Índio. Foram 24 gols na temporada, o matador do País.
Caro Pedro Costa,
Eu vi seu comentário no Lédio chamando Bota 4x4 Vasco de pelada. Pensei que pelada tivesse outro significado em Portugal.
Futebol com muitos golos é bacana!
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Caro Ricardo de Paraí,
O BA-VI foi casa cheia e não teve confusão nenhuma. BA-VI é uma festa em Salvador! Mesmo quando os times estão em momento ruim o torcedor baiano comparece.
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Caro Arthur,
Já tem seis times da primeira divisão querendo o Índio.
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Abraço, abraço, abraço.
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