30 setembro 2006

Gaudêncio

Um certo fazendeiro, cansado de ter prejuízo, resolve sair em busca de um excelente Galo Reprodutor, que desse conta de atender as necessidades de seu galinheiro com 180 galinhas no ócio, sem botar sequer um ovo. Indignado com a falta de produtividade do galinheiro, o fazendeiro sai, vai até o povoado, entra na agropecuária e diz para o vendedor:
- Boa tarde! Procuro um bom galo capaz de cobrir todas as minhas galinhas.
- Quantas galinhas o senhor tem? - pergunta o vendedor.
- No total, 180, diz o fazendeiro.
O vendedor, então, pega uma gaiola com um galo enorme, musculoso, com a crista de pé, olhos azuis e uma puta tatuagem no peito dos Rolling Stones, e diz para o fazendeiro:
- Leva esse aqui, o Alberto, veio do Rio de Janeiro, ele é flamenguista e não falha.
O fazendeiro leva o galo e, no dia seguinte, pela manhã, solta o bicho no galinheiro. O galo sai correndo, pega a primeira galinha, e dá duas sem tirar, pega a segunda, dá a primeira, e quando estava na segunda...cai frito. O fazendeiro, puto da vida, olha aquilo e diz:
- O que me vendeu este vendedor filha da puta? Este galo só comeu duas galinhas e já capotou???
Num teve dúvidas, pegou o galo pelo pescoço e levou-o até o vendedor e contou para ele o que aconteceu. O vendedor se desculpou e puxou outro galo. Este era preto, de crista amarela, olhos cinzas e tênis da Nike. E diz para o fazendeiro:
- Esse daqui é o Fernando, corinthiano, o melhor que tenho, mandei vir especialmente de São Paulo. Dá uma olhada no trabalho dele depois me conta. O fazendeiro volta para a fazenda com o galo e repete a manobra: O galo sai alucinado, come a primeira galinha de pé, pega a segunda e traça, na terceira ele faz o 69 e quando está bombeando a quarta, cai morto no meio do galinheiro. O fazendeiro, emputecido, pega o galo pelas patas, se manda para o povoado, entra porta adentro na agropecuária e diz para o vendedor:
- Escuta aqui, filho de uma puta, é o segundo galo que tu me vende e que não presta para nada. É melhor você me vender um galo decente ou vou tocar fogo nesta merda, sacô cara?
Sem saída e apavorado, o vendedor pega o último galo da loja e dá pro fazendeiro que olha com ar de espanto aquele galim de merda: pelado, sem crista nem penas, com olheiras, corcunda, com tênis Bamba de lona e uma camisa azul claro com os dizeres: "Tomo chimarrão e daí?"
Explica o vendedor:
- Olha, é só o que me resta. O nome dele é Gaudêncio e veio para cá por engano num barco que vinha do Rio Grande do Sul. Num custa nada o senhor experimentar né?
O fazendeiro, puto com o cara, sai com o galo na mão, pensando:
- Mas que caralho vou fazer com este galo gaúcho e fudido?!...
Chegando na fazenda, e já desconsolado da vida, solta Gaudêncio no galinheiro. O galo joga a camisa pro lado e sai enlouquecido comendo as 180 galinhas numa só tacada. Dá uma respirada e come as 180 de novo. Sai correndo, enraba o pastor alemão e é detido pelo fazendeiro que, horrorizado, pega Gaudêncio, mete-lhe dois sopapos para acalmá-lo e o tranca na gaiola.
- Porra, é um fenômeno este galo!!! - pensa o fazendeiro.
No galinheiro, as galinhas estão enlouquecidas com Gaudêncio:
"que o Gaudêncio isto... que o Gaudêncio aquilo... e com você o que que ele fez?...e comigo ele fez tal coisa"... Loucura total. Todas as galinhas querendo ir de muda pra Porto Alegre.
No dia seguinte solta o bicho de novo, e Gaudêncio sai levantando poeira, dá duas voltas no galinheiro faturando tudo que é buraco com penas que encontra no caminho, sai correndo e come o cachorro, o porco e duas vacas. O fazendeiro corre atrás, pega ele pelo pescoço, dá umas chacoalhadas para acalmá-lo e joga ele na gaiola.
- Que galo filho da puta! Vai me cobrir a fazenda inteira!!! - diz o fazendeiro.
No dia seguinte, vai buscar o galo e encontra a jaula toda arrebentada...
- O Gaudêncio FUGIU!!!
Sai correndo para o galinheiro e encontra todas as galinhas de bunda para cima, fumando e assobiando, lá fora o porco com o cú pro sol, as duas vacas deitadas no chão falando do Gaudêncio, o cachorro com a bunda arruinada...e pensa:
- Ele vai comer o gado do vizinho, vão me matar!!!
Então pega o cavalo e sai procurando o Gaudêncio sem descanso, seguindo a pista deixada por ele (cabras suspirando, bodes passando Hipoglós na bunda, uma tartaruga que perdeu o casco no tranco, um touro provando lingerie, três capivaras mancando, um pônei sentado no gelo, um bambi curando as hemorróidas)... até que, de repente, à distância, vê o Gaudêncio caído no chão... Uma cena desoladora!! Gaudêncio todo esfolado pelo chão. E os abutres voando em círculos, e babando de fome. Quando viu os abutres sobrevoando em círculos, o fazendeiro entendeu a situação:
- Nãããoooooo acredito! Gaudêncioooooo tá morto... Mataram Gaudênciooooo! Tô arruinado! Droga!! Primeira vez que encontro um galo de verdade...
E no meio daquele lamento todo, Gaudêncio abre um olho, discretamente, olha pro fazendeiro e assinalando para os abutres, dá uma piscadinha e diz:
- Shhhhhhhhhhhist!!!! Te acalma Tchê, que eles tão quase descendo...

29 setembro 2006

O Bahêa é Povão













O Esporte Clube Bahia, que está no porão do futebol brasileiro - a Série C ou “Terceirona” - é o time de maior torcida do Norte/Nordeste do Brasil, sendo nacionalmente conhecido por lotar estádios e atingir sempre as maiores médias de público. No dia 17.09.2006 o Bahia botou 46.311 torcedores na Fonte Nova para ver o time ganhar do Ananindeua-PA, por 1 a 0, pela terceira fase da Série C do Brasileirão. Estima-se que tenha hoje cerca de 5 milhões de torcedores em todo Brasil. À época do título de campeão brasileiro (1988) uma pesquisa curiosa apontou sua torcida como a quinta maior do estado de São Paulo, atrás apenas do Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos. O recorde de público do Bahia foi na semi-final do Campeonato Brasileiro de 1988, quando ganhou do Fluminense por 2 a 1, perante 110.438 espectadores na Fonte Nova.
Maiores Artilheiros do Bahia:
1) Carlito – 253 gols
2) Douglas – 211 gols
3) Hamílton – 154 gols
4) Uéslei – 140 gols
5) Osni – 138 gols
6) Vareta – 121 gols
7) Marcelo Ramos – 121 gols
8) Alencar – 116 gols
9) Biriba – 113 gols
10) Izaltino – 112 gols
11) Beijoca – 106 gols
12) Nonato – 102 gols
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O jogador Baiaco, que jogava no Bahia na década de setenta, foi ao médico reclamando de uma dor generalizada.

- Como é essa dor?
- Doutor, o meu corpo todo dói. Onde eu ponho o dedo dói. Se boto o dedo no peito, dói. Se boto o dedo na perna, dói. Se ponho o dedo na barriga, dói. O senhor sabe o que eu tenho?
- Deixa eu ver a sua mão, Baiaco!
- Mas que coisa, você apenas quebrou o dedo!
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O repórter da Rádio Sociedade perguntou ao Baiaco, que não jogaria o BAxVI, por suspensão, se o time ficava mais enfraquecido com a sua ausência:
- Não, o Bahia é forte comigo e sem migo!

28 setembro 2006

Milho aos Pombos - Zé Geraldo

Enquanto esses comandantes loucos ficam por aí queimando pestanas organizando suas batalhas
Os guerrilheiros nas alcovas preparando na surdina suas mortalhas
A cada conflito mais escombros
Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça dando milho aos pombos
Entra ano, sai ano, cada vez fica mais difícil o pão, o arroz, o feijão, o aluguel
Uma nova corrida do ouro o homem comprando da sociedade o seu papel
Quando mais alto o cargo maior o rombo
Eu dando milho aos pombos no frio desse chão
Eu sei tanto quanto eles se bater asas mais alto voam como gavião
Tiro ao homem tiro ao pombo
Quanto mais alto voam maior o tombo
Eu já nem sei o que mata mais
Se o trânsito, a fome ou a guerra
Se chega alguém querendo consertar vem logo a ordem de cima
Pega esse idiota e enterra
Todo mundo querendo descobrir seu ovo de Colombo

Este post é oferecido ao meu amigo vascaíno, José Ambrósio.



Baixinho e Bom de Bola

Osni Lopes nasceu em Osasco (SP), no dia 13 de julho de 1952 e começou a carreira no Cobrasma, time amador de sua cidade. Depois, foi treinar no infantil do Corinthians ao lado do centroavante Adílson, que defendeu também o Internacional e o Coritiba. Em 1968, aos dezesseis anos, o atacante baixinho foi jogar no Santos de Pelé. Além de jogar pelos alvinegros paulistas, o atacante foi ídolo nos dois maiores clubes da Boa Terra. No Vitória, jogou de 1971 a 1976, e no Bahia, de 1978 a 1985, ano em que encerrou sua carreira. Chegou a formar o ataque, nos dois times, ao lado do polêmico artilheiro Beijoca. De 1977 a 1978, Osni, que foi um dos jogadores de menor estatura do futebol brasileiro (1,56m) defendeu as cores do Flamengo. Pelo rubro-negro carioca, ele atuou em 59 jogos (37 vitórias, 16 empates, 6 derrotas) e marcou 18 gols. Osni, que em sua época de adolescente estudou no Colégio Liceu Coração de Jesus, em São Paulo, também teve passagem pelo time do Olaria, no Rio de Janeiro. Atualmente ele mora em Salvador(BA) e é dono da Good Car Veículos, loja de carros semi-novos no Bairro da Pituba.


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Um baixinho foi ao bar comprar água. Como não alcançava o balcão, começou a pular, dizendo:

- Tem água mineral? Tem água mineral?
Cansado de não ser atendido, ele foi até o outro lado do balcão, e deu de cara com outro baixinho, pulando e dizendo?
- Com gás ou sem? Com gás ou sem?

27 setembro 2006

Tem Pai que é cego

Desconfiado das atitudes do filho, o pai leva o garoto ao psicólogo para descobrir se seu filho é homossexual.
O Doutor pergunta ao garoto:
Qual o vegetal que você mais gosta?
(Meu Deus, ele
vai dizer cenoura ou pepino - pensa o pai)
- Chuchu - responde o garoto. (Ufa! - pensa o pai)
- Qual seu numero preferido? (24! - pensa o pai)
- 11 - responde o filho. (Ufa! - pensa o pai)
- Qual o animalzinho que você gostaria de criar? (Cordeirinho, carneirinho, viadinho, ai meu Deus, o que esse moleque vai responder?! - pensa o pai)
- Jacaré! - diz o filho. (Ufa, aliviado fica o pai)
- O que você quer ser quando crescer? (Cabeleireiro, alfaiate, estilista - pensa o pai)
- Juiz - responde o filho.
- Que fruta você mais gosta?
(Até aqui tudo bem, pensa o pai)
- Jabuticaba, afirma o menino.
O moleque deixa a sala e o pai, aliviado, diz para o médico:
- Meu filho não é gay, não é Doutor?
E o psicólogo responde:
- Seu filho é gay assumido, viadão mesmo!

- Chuchu, dá o ano inteiro...11 é um atrás do outro... Jacaré se defende dando o rabo... Juiz vive na vara, e jabuticaba é a única fruta que nasce e morre grudada no pau.

26 setembro 2006

Foguenses do Jogo Aberto


Nobres torcedores Botafoguenses que votaram no Censo do Jogo Aberto:
1- Celso Ricardo, DF
2- Victor, RJ
3- Lito,
RJ
4- Raphael Fogão, RJ
5- Fernanda, RJ
6- Marcelo T.,
RJ
7- JR Cairo,
EUA
8- Fabrício Morais,
MG
9- Júlia O.Macedo,
RJ
10- Daniel Mayr,
RJ
11- João F.A.S., RJ
12- Luis Cláudio Mesquita,
RJ
13- Gustavo Henrique, RJ
14- Daniel Costa,
RJ
15- Roberto Spinola,
RJ
16- Cláudio Mendonça, EUA
17- Jonnathan Venetillo,
RJ
18- Roberto Matos Nogueira, RJ
19- Renata B.Carvalho,
RJ
20- Helio Arcanjo,
BA
21- Thiago Ottaviano,
RJ
22- Vitor Cardoso, RJ
23- Bruno Pereira,
RJ
24- Erison Moura,
PB
25- Marcos Biancardi,
ES
26- Vitor Diniz, ES
27- Marcelo de Araújo, RJ
28- Rafael Prado,
RJ
29- Evandro Nunes,
ES
30- Marcelo Ferreira Biazati, MG
31- Gustavo Rezende, RJ
32- Mauricinho Souza,
RJ
33- Jonas Buzato,
ES
34- Avelino Ribeiro,
RJ
35- Fábio Costa,
RJ
36- Nelson Pinheiro, PI
37- Henrique Nascimento,
RJ
38- Gustavo Rocha,
BA
39- Reginaldo Pacheco, MG
40- Marcio Campos de Sá,
PE
41- MMarcos,
RJ
42- Renan Daniel,
SP
43- Esmeralda Venzi,
DF
44- Marcos Sausmikat,
RJ
45- Daniel de Ornellas,
RJ
46- Ronnie Simas,
RJ
47- Vitor Thomé,
RJ
48- Alfredo Carvalho, DF
49- Ricardo Amaro,
RJ
50- Felipe Cabral Dias,
ES
51- Fabrício Neto Fernandes,
SC
52- José de Sousa da S.Neto, CE
53- Isaque Rodrigues Pinto, ES
54- André Azevedo, RJ
55- Vitor Louzada da Silva,
ES
56- Sonic,
RJ
57- Victor Prestes,
RJ
58- Bruno, Niterói, RJ
59- Rodrigo, Brasília,
DF
60- Felipe,
RJ
61- Alisson,
RJ
62- Jéferson Junior,
RJ
63- Igor,
RJ
64- Marco Valério Magalhães,
ES
65- Leonardo Meireles, MG
66- Júlio Alencar,
ES
67- Arilson Dias,
RJ
68- Felipe Faria,
SP
69- Luiz Gabriel,
RJ
70- Luiz Torreão,
EUA
71- Rodrigo Mota,
RJ
72- Luis Carlos, Campinas,
SP
73- Julio,
RJ
74- Alexandre, Leblon,
RJ
75- Ana Maria,
RJ
76- Marcos Aurélio Lima,
SP
77- Roberto Luiz, RJ
78- Mateus Lopes Figueiredo, ES
79- Luan Felipe da Costa,
RJ
80- Leonardo Silvério, MG
81- Eduardo Hollanda,
DF
82- Anna Luiza Pontual,
PE
83- Asclê Junior, DF
84- Roberto Barbosa, ES
85- João Pedro,
RJ
86- Victor, Brasília,
DF
87- Marcio Theodoro da Silva,
ES
88- Manoel Veloso,
RJ
89- Sandro Rego, SC
90- Amanda Nogueira,
ES
91- Richard Cairo,
EUA
92- Antonio Holzmeister,
Argentina
93- Fred Menna,
RJ
94- José Roberto Veloso,
ES
95- Flávio Souza,
Portugal
96- Luiz Roberto BH,
MG
97- Fernando Vannier Borges, RJ
98- Igor Guedes,
RJ
99- Alonso,
RJ
100-Tarcisio Falcão Noronha,
SP
101-André Graciotti,
ES
102-Marcelo Souza,
ES

Botafoguenses que não constaram o nome da cidade:
1- Daniel Azevedo
2- Diego Cabral
3- Sergio
4- Carlos Felipe
5- Allan
6- Rossini Queiroz Dias
7- Edson Alves Jr.
8- Leandro
9- Rafael Damasceno.


(15 botafoguenses votaram anonimamente)

Todo Botafoguense é um NOBRE!
Força, FOGÃO!!

FOGOOOOOOO...
FOGOOOOOOO...
FOGOOOOOOO...





Literatura de Cordel

A mulher que vendeu o marido por R$ 1,99.
Autor: Janduhi Dantas
Hoje em dia, meus amigos

os direitos são iguais
tudo o que faz o marmanjo
hoje a mulher também faz
se o homem se abestalhar
a mulher bota pra trás.
Acabou-se aquele tempo
em que a mulher com presteza
se fazia para o homem
artigo de cama e mesa
a mulher se fez mais forte
mantendo a delicadeza.
Não é mais "mulher de Atenas"
nem "Amélia" de ninguém
eu mesmo sempre entendi
que a mulher direito tem
de sempre só ser tratada
por "meu amor" e "meu bem".
Hoje o trabalho de casa
meio a meio é dividido
para ajudar a mulher
homem não faz alarido
quando a mulher lava a louça
quem enxuga é o marido!
Também na sociedade
é outra a situação
a mulher hoje já faz
tudo o que faz o machão
há mulher que até dirige
trem, trator e caminhão.
Esse fato todo mundo
já deu pra assimilar
a mulher hoje já pôde
seu espaço conquistar
quem não concorda com isso
é muito raro encontrar.
Entretanto ainda existe
caso de exploração
o salário da mulher
é de chamar atenção
bem menor que o do homem
fazendo a mesma função.
Também tem cabra safado
que não muda o pensamento
que não respeita a mulher
que não honra o casamento
que a vida de pleibói
não esquece um só momento.
Era assim que Damião
(o ex-marido de Côca)
queria viver: na cana
sem tirar copo da boca
enquanto sua mulher
em casa feito uma louca...
...cuidando de três meninos
lavando roupa e varrendo
feito uma negra-de-ferro
de fome o corpo tremendo
e o marido cachaceiro
pelos botequins bebendo.
Mas diz o velho ditado
que todo mal tem seu fim
e o fim do mal de Côca
um dia chegou enfim
foi quando Côca de estalo
pegou a pensar assim:
"Nessa vida que eu levo
eu não tô vendo futuro
eu me sinto navegando
em mar revolto e escuro
vou remar no meu barquinho
atrás de porto seguro".
"Na próxima raiva que eu tenha
desse meu marido ruim
qualquer mal que me fizer
tomarei como estopim
e a triste casamento
eu vou decidir dar fim".
Estava Côca pensando
na vida quando chegou
Damião morto de bêbado
(nem boa-noite falou
passava da meia-noite)
e na cama se atirou!
Dona Côca foi dormir
muito triste e revoltada
contudo tinha na mente
a sua ação planejada
pra dar novo rumo à vida
já estava preparada.
De manhã Côca acordou
com a braguilha pra trás
deu cinco murros na mesa
e gritou: "Ô Satanás
eu vou te vender na feira
vou já fazer um cartaz!".
Pegou uma cartolina
que ela havia escondido
escreveu nervosamente
com a raiva do bandido:
"Por um e noventa e nove
estou vendendo o marido".
Assim mostrou ter no sangue
sangue de Leila Diniz
Pagu, Maria Bonita
de Anayde Beiriz
(de brasileiras de fibra)
de Margarida e Elis!
Pegou o marido bêbado
de jeito, pela abertura
da direção do mercado
ela saiu à procura
de vender o seu marido
ia com muita secura!
Ficou na feira de Patos
no mais horrendo lugar
(na conhecida U.T.I.)
e começou a gritar:
"Tô vendendo o meu marido
quem de vocês quer comprar?"
Umas bêbadas que estavam
estiradas pelo chão
despertaram com os gritos
e uma do cabelão
perguntou a Dona Côca:
"Qual o preço do gatão?"
"É um e noventa e nove
não está vendo o cartaz?"
Dona Côca respondeu
e a bêbada disse: "O rapaz
tem uma cara simpática
acho até que vale mais".
Damião estava "quieto"
e de ressaca passado
com cordas nos pés e braços
numa cadeira amarrado
também tinha um esparadrapo
em sua boca colado.
Começou a chegar gente
se formou a multidão
em volta de Dona Côca
e o marido Damião
quando deu fé, logo, logo
encostou o camburão.
Nisso um cabo da polícia
do camburão foi descendo
e perguntando abusado:
"Que é que tá acontecendo?"
Alguém disse: "Esta mulher
o marido está vendendo".
Do meio do povo disse
um velho em tom de chacota:
"Esse caneiro já tem
uma cara de meiota
não tem mulher que dê nele
de dois reais uma nota".
E, de fato, ô cabra feio
desalinhado e barbudo
fedendo a cana e a cigarro
com um jeito carrancudo
banguelo, um pouco careca
pra completar barrigudo.
Nisso chegou uma velha
que vinha com todo o gás
e disse para si mesma
depois de ler o cartaz
"Hoje eu tiro o prejuízo
com esse lindo rapaz!".
Disse a velha: "Francamente!
Eu estou achando pouco!
Por 1 e 99?!
Tome dois, nem quero o troco!
Deixe-me levar pra casa
esse meu Chico Cuoco!".
Saiu a velha enxerida
de braços com Damião
a polícia prontamente
dispersou a multidão
e Côca tirou por fim
um peso do coração.
Retornou Côca feliz
pra casa entoando hinos
a partir daquele dia
teria novos destinos...
Com os dois reais da venda
comprou de pão pros meninos!
FIM


25 setembro 2006

Vôo Cego
















No aeroporto, o pessoal estava na sala de espera, aguardando a chamada para embarcar. Nisso aparece o co-piloto, todo uniformizado, de óculos escuros e de bengala branca tateando pelo caminho. A atendente da companhia o encaminha até o avião e assim que volta explica que, apesar
dele ser cego é o melhor co-piloto da companhia. Alguns minutos depois, chega outro funcionário também uniformizado, de óculos escuros, de bengala branca e amparado por duas aeromoças. A atendente mais uma vez informa que apesar dele ser cego, é o melhor piloto da empresa e tanto ele quanto o co-piloto, fazem a melhor dupla da companhia.
Todos os passageiros embarcam no avião preocupados com os pilotos. O comandante avisa que o avião vai levantar vôo e começa a correr pela pista cada vez com mais velocidade. Todos os passageiros se olham, suando, com muito medo da situação. O avião vai aumentando a velocidade e nada de levantar vôo. A pista está quase acabando e nada do avião sair do chão. Todos começam a ficar cada vez mais preocupados. O avião correndo e a pista acabando. O desespero toma conta de todo mundo e começa uma gritaria histérica no avião. Nesse exato momento o avião decola, ganhando o céu e subindo suavemente. O piloto vira para o co-piloto e diz:
- Se algum dia o pessoal não gritar, a gente tá ferrado!...



24 setembro 2006

Marinho Bruxa

Jogador de excelente habilidade, Marinho Chagas começou a carreira na modesta equipe do Riachuelo, do Rio Grande Norte, em 1969. No ano seguinte teve seu passe comprado pelo ABC-RN e em 1971 já estava jogando no Náutico-PE. A partir de 1972 a carreira do lateral-esquerdo decolou de verdade. Com a camisa do Botafogo-RJ, Marinho Chagas se transformou em um dos melhores jogadores da posição na época e acabou tendo a chance de disputar a Copa do Mundo de 1974, na Alemanha. A ofensividade era um dos pontos fortes de Marinho, mas também chegava a provocar a ira de outros. Houve muitos comentários de que por isso ele teria discutido seriamente com o goleiro Leão, depois da derrota do Brasil para a Polônia, por 1 a 0, pela disputa do terceiro lugar, na Copa da Alemanha, em 1974.
Marinho ficou no Botafogo até 1977 e se transferiu para o Fluminense em 1978. Apesar de ter sido um grande destaque no futebol carioca, ele jamais conquistou um título importante por equipes do Rio de Janeiro. Depois de atuar dois anos no futebol norte-americano (Cosmos, em 79, e Strikers, em 80), Marinho Chagas retornou ao futebol brasileiro para jogar no São Paulo Futebol Clube. Ele foi o lateral-esquerdo na conquista do título paulista de 1981, sobre a Ponte Preta. Em 1985, Marinho retornou ao futebol carioca para atuar no Bangu, mas não teve sucesso. Antes de encerrar a carreira no Harlekin, da Alemanha, em 1987, o lateral ainda atuou pelo Fortaleza-CE e América-RN, em 1986.
Francisco das Chagas Marinho, um dos melhores laterais da história do futebol brasileiro, hoje vive na Capital do Rio Grande do Norte, Natal, onde trabalha alugando carros buggys.

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A verdadeira bravura está em chegar em casa bêbado, de madrugada, todo cheio de batom, ser recebido pela mulher com uma vassoura na mão e ainda ter peito pra perguntar: vai varrer ou voar?

23 setembro 2006

Cantada do Ano

Mais ou menos 29 anos, executivo, bem apessoado, senta-se na poltrona do avião com destino a New York e, maravilhado, depara-se com uma morena escultural sentada na poltrona junto à janela. Pernas cruzadas, perfeitas, saia curta deixando entrever um belíssimo par de coxas, seios no tamanho exato, empinados, lábios carnudos, mas sem volume demasiado, enfim, uma DEUSA mais gos... digo, mais simpática do que a Juliana Paes. Decola a aeronave, céu de brigadeiro, uma vontade enorme de puxar conversa, mas a morena, impassível, lê um grosso volume com muita atenção... quinze minutos de vôo e o cavalheiro não se contém:
- É a primeira vez que vai a New York?
Ela, gentil, com uma voz muito sensual, mas de certa forma reservada:
- Não, é uma viagem habitual.
Ele, agora animado:
- Trabalha com moda, por acaso?...
- Não, viajo em função de minhas pesquisas.
- Desculpe-me à curiosidade, é escritora?
- Não, sou sexóloga.
- Muito interessante e raro. Suas pesquisas dedicam-se, na sexologia, a quê, especificamente?
Ela, tranqüila e sempre com a mesma voz de veludo:
- No momento, dedico-me a pesquisar as características do membro masculino, o que julgo ser um trabalho de fôlego e muito difícil.
- Nas suas pesquisas, a que conclusão já chegou?
- Bom, de todos os pesquisados, já concluí que os Índios, sem dúvida, são os portadores de membros com as dimensões mais avantajadas e, em contrapartida, os Árabes são os que permanecem mais tempo no coito, antes de entrarem em gozo. Logo, são os que proporcionam mais prazer às suas parceiras. Além disso... Oh! Desculpe-me Senhor! Eu estou aqui falando sem parar e nem sei seu nome...
- MOHAMED PATAXÓ. Muito prazer!!


22 setembro 2006

Luis Chevrolet

Nascido no dia 21 de junho de 1949 na cidade de Juazeiro, Bahia, Luís Edmundo Pereira começou sua carreira no São Bento (SP), onde era conhecido como Chevrolet, e em 1968 foi contratado para defender o Palmeiras.
No alviverde, ao lado de Leão, Eurico, Zeca e Alfredo formou uma das defesas mais lembradas e elogiadas do Brasil em todos os tempos. Atuou em 568 partidas pelo Palmeiras, conquistando 283 vitórias, 193 empates, 92 derrotas e marcou 35 gols. Com a camisa do Verdão conquistou os títulos do Brasileirão de 1972 e 1973, do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Robertão) de 1969 e do Campeonato Paulista de 1972 e 1974.

Além de ser um beque extremamente técnico e que dava grande segurança no sistema defensivo, Luís Pereira também tinha capacidade para chegar no ataque e marcar gols.
Disputou a Copa do Mundo da Alemanha, em 1974, quando recebeu um dos raros cartões vermelhos por jogada violenta em Neeskens, no jogo contra a Holanda.
Além de brilhar no Palmeiras e jogar no São Bento (SP) e Atlético de Madrid (Espanha), Luís Pereira também atuou pelo Flamengo(RJ), Santo André (SP), Portuguesa(SP), Corinthians(SP), Central de Cotia(SP), São Caetano(SP) e outras equipes modestas do interior paulista.
Um dos melhores zagueiros da história do Palmeiras e do futebol brasileiro, Luisão Pereira mora em Madrid, na Espanha, onde começou a trabalhar em 2002 com as categorias inferiores do Atlético de Madrid, clube no qual jogou na segunda metade dos anos 70.

21 setembro 2006

Pobretão Zen

DEZ VANTAGENS DE SER POBRE:
1. É SIMPLES!
Você não perde seu precioso tempo com grandes sonhos. Contenta-se com um sonho de padaria, um sonho de valsa.
2. É VALORIZADO!
Em um mundo de mulheres interesseiras e oportunistas, só as sinceras e verdadeiras dão bola para você.
3. É SAUDÁVEL!
Você tem uma vida de atleta: correndo para alcançar o ônibus, malhando para conseguir um lugar para se sentar e se alongando para passar por baixo da catraca.
4. É ANTIESTRESSANTE!
Nenhum vendedor te liga para empurrar alguma bugiganga.
5. É ALIVIANTE!
Com a sua fama de pé-rapado, nenhum amigo te pede dinheiro emprestado e, dependendo do seu grau de pobreza, eles nem serão mais seus amigos.
6. É EMOCIONANTE!
Você nunca sabe se o dinheiro vai chegar até o final do mês e, assim, tem uma rotina muito menos previsível!
7. É INVEJÁVEL!
Enquanto os seus vizinhos viajam, pegam trânsito no feriado e sofrem com as praias lotadas, você descansa na comodidade do seu barraco.
8. É ÚTIL!
Você tem de trabalhar aos domingos para fazer horas extras e, assim não precisa assistir aos programas que são campeões de audiência de encheção de saco. (Faustão e Gugu).
9. É SEGURO!
Você não precisa levar a carteira para todos lugares que for, pois ela estará sempre vazia. Assim, os trombadinhas vão passar longe de você.
10. É GRATIFICANTE!
Sem dinheiro para acessar a internet, você nunca vai ler textos INÚTEIS como estes publicados no voudekombi.


19 setembro 2006

Valdir Papel


Waldirgly Bezerra Lima virou Valdir Papel ainda no início da carreira, no time cearense Calouros do Ar. O apelido foi dado por seu tio. “Meu tio é ex-jogador e dava apelido para todo mundo. Como eu era franzino e branco, ele colocou o apelido de Papel” diz o atacante, de 27 anos. Papel, que pesa 66 quilos distribuídos em 1,80 metro, nasceu em Fortaleza-CE no dia 12/08/1979 e começou a carreira profissional no Calouros do Ar-CE em 1999. Passou por Americano-MA, Nacional-AM, Uniclinic-CE, Guarany-CE, Ceará-CE, Sport-PE e Guarani-SP, ganhando três campeonatos estaduais (Amazonas em 2000, Ceará em 2002 e Pernambuco em 2003). O atacante fez sucesso no Sport em 2003, quando formou dupla com Adriano Chuva na campanha em que o Leão do Recife chegou ao quadrangular final da Série B contra Botafogo, Palmeiras e Marília. Jogou no Dorados de Culiacán (México) em 2005 e retornou ao Brasil em 2006 para o Estudantes-PE. Destacou-se no Campeonato Pernambucano/2006 como vice-artilheiro e veio para o Vasco em abril, para a disputa do Brasileirão sendo negociado para o Esporte Clube Vitória, da Bahia, por ter sido expulso de maneira infantil na final da Copa do Brasil 2006. Atualmente VP é “bancário” do E.C.Vitória na terceirona do Brasileirão. Boa Sorte, Valdir Papel!

Os doze clubes do Waldirgly:

1999 - Calouros do Ar-CE
1999 - Americano-MA
2000 - Nacional-AM (Campeão Amazonense)
2001 - Uniclinic-CE
2001 - Guarany-CE
2002 - Guarany-CE

2002 - Ceará-CE (Campeão Cearense)
2003 - Sport-PE (Campeão Pernambucano)
2004 - Sport-PE

2004 - Guarani-SP
2005 - Dorados de Culiacán-MÉXICO
2006 - Estudantes-PE
2006 - Vasco-RJ
2006 - Vitória-BA

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Um cara foi cagar em um desses banheiros de estrada e começou ler aquelas frases idiotas que o pessoal rabisca: “Lá fora você é valente, aqui você é cagão” ou “Não caga cantando, que a merda sai dançando”. Tem também: “Aqui termina a obra de um grande cozinheiro!”, “Olha só a cagada que você está fazendo!”. Aí, ele olhou uma frase que estava escrita bem pequenininha. Tentou ler e não conseguiu de jeito nenhum. Chegou mais perto e nada. Aproximou-se um pouco mais e não conseguia ler. Chegou a menos de um palmo do nariz e leu: “Senta, babacão, que tu tá cagando fora do vaso!!”.

Saga de uma Doida

Saga de uma Doida
(Zé Pinguelo Cover)


Mais uma noite em Bacabal

Em fevereiro passado
Deu um peido tão danado
Que abalou a cidade
O leão quebrou a grade
Saiu da jaula e correu
O sol desapareceu
A lua deu uma pausa
Tudo isso só por causa
Do peido que a doida deu
***
O vigário Baltazar

Tava celebrando a missa
Quando sentiu a carniça
Abandonou o altar
Fecharam bodega e bar
A cidade apodreceu
A prefeitura entendeu
Que havia necessidade
De acatar calamidade
Do peido que a doida deu
***
O doutor José Aurora

Era o senhor Delegado
Ficou tão agoniado
Que correu na mesma hora
Botou os presos pra fora
Depois desapareceu
Sargento, cabo e soldado
Quase morrem intoxicados
Do peido que a doida deu
***
No hospital São Vicente

O doutor se agoniava
Por toda hora chegava
Carro com gente doente
De atender tanta gente
O doutor adoeceu
A enfermaria se encheu
Nem injeção dava jeito
Para cortar o efeito
Do peido que a doida deu
***
Flores e plantas murcharam

As lojas também fecharam
Por ordem da prefeitura
Um engenho de rapadura
Nesse dia nem moeu
Todos de lá correram
Sairam tampando o nariz
Era um mal-cheiro infeliz
Do peido que a doida deu
***
A cidade ficou cheia

Com cinco mil urubus
Faltou água, faltou luz
A coisa ficou feia
Com quatro léguas e meia
Muita gente adoeceu
Quem era fraco morreu
Era grande o desespero
Mal aguentavam o mal-cheiro
Do peido que a doida deu
***

Caçaram a doida danada
Para fazer um estudo
Mas ela vendo isso tudo
Saiu numa disparada
Entrou na mata fechada
Nunca mais apareceu
A cidade escureceu
A terra ficou tremendo
Ainda hoje tá fedendo
Do peido que a doida deu

18 setembro 2006

Retratos do Poeta















O cearense Antônio Gonçalves da Silva atendia pelo nome artístico de Patativa do Assaré. Patativa é uma ave de canto harmonioso e Assaré, o vilarejo onde o poeta nasceu e viveu por toda a vida.

Seu dotô me de licença
Pra minha história contá
Hoje eu tô na terra estranha
E é bem triste o meu pená
Mas já fui muito feliz
Vivendo no meu lugá
Eu tinha cavalo bom
Gostava de campeá
E todo dia aboiava
Na porteira do currá
Ê, vaca Estrela, ô, boi Fubá


Eu sou fio do nordeste

Não nego o meu naturá
Mas uma seca medonha
Me tangeu de lá pra cá
Lá eu tinha o meu gadinho
Não é bom nem imaginá
Minha linda vaca Estrela
E o meu belo boi Fubá
Quando era de tardezinha
Eu começava a aboiá
Ê, vaca Estrela, ô, boi Fubá


Aquela seca medonha

Fez tudo se trapaiá
Não nasceu capim no campo
Para o gado sustentá
O sertão esturricô, fez os açude secá
Morreu minha vaca Estrela
Se acabou meu boi Fubá
Perdi tudo quanto eu tinha
Nunca mais pude aboiá
Ê, vaca Estrela, ô, boi Fubá


Hoje nas terra do sul

Longe do torrão natá
Quando eu vejo em minha frente
Uma boiada passá
As água corre dos oios
Começo logo a chorá
Lembro minha vaca Estrela
E o meu lindo boi Fubá
Com sodade do nordeste
Dá vontade de aboiá
Ê, vaca Estrela, ô, boi Fubá




Loira Suícida


A loira gostosona estava para se suicidar, ia se jogar no mar no cais da praia, no Rio de Janeiro, daí apareceu um marinheiro.
- Moça, pelo amor de Deus, não faça isso!
- Vou me jogar, minha vida está uma merda...
- Não! Olha...meu navio está de partida para a Europa, porque você não vem comigo, e depois pensa no que faz. Se chegando lá você ainda quiser se matar, pelo menos você conheceu a Europa...
A loira achou a proposta razoável e seguiu com ele para um bote salva-vidas onde ela viajaria clandestina. O marinheiro ficou de trazer comida e iria levar todas as noites pra ela.
E assim foi durante duas semanas. Ele trazia comida, água e aproveitava dava uma "comidinha" nela. Comida, água e comidinha...
Até que um dia um Capitão, junto com um grupo de inspetores foi fazer uma inspeção nos botes e descobriram a loira. Ela, sem outra saída, resolveu contar a verdade.
- Olha, eu estou aqui, seguindo para a Europa porque um marinheiro me trouxe. Todas as noites ele me traz comida, água e dá uma trepadinha comigo e vai ser assim até chegar na Europa... ainda falta muito?
- Não sei, moça. Esta é a barca que faz a travessia Rio-Niteroi.

16 setembro 2006

Filosofia de Bar

(temas para reflexão)

"Errar é humano, persistir no erro é americano, acertar no alvo é muçulmano"

"Nunca desista de seu sonho. Se acabou numa padaria, procure em outra"

"Qualquer idiota é capaz de pintar um quadro, mas somente um gênio é capaz de vendê-lo"

"Tudo é relativo. O tempo que dura um minuto depende de que lado da porta do banheiro você está"

"O mais nobre dos cachorros é o cachorro-quente: alimenta a mão que o morde"

"Se emperrar, force. Se quebrar, precisava trocar mesmo..."

"Roubar idéias de uma pessoa é plágio. Roubar de várias, é pesquisa"

"Quando lhe atirarem uma pedra, faça dela um degrau e suba. Só depois, quando tiver uma visão plena de toda a área, pegue outra pedra, mire bem e acerte o crânio do filho-da-puta que lhe atirou a primeira"

"Na vida, tudo é relativo. Um fio de cabelo na cabeça é pouco; na sopa, é muito!"

"À beira de um precipício só há uma maneira de andar para a frente: É dar um passo para trás"

"Diga-me com quem andas, que eu te direi se vou contigo"

"Eu cavo, tu cavas, ele cava, nós cavamos, vós cavais, eles cavam. Não é bonito, mas é profundo"

"Errar é humano. Colocar a culpa em alguém, então, nem se fala!"

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Dotô, jogava o Botafogo, eu queria escutar
Chegou, mudou de estação, começou a cantar
Tem mais, um cisco no olho, ela em vez de assoprar
Sem dó, falou que por ela eu podia cegar
Se eu dou, um pulo, um pulinho, um instantinho no bar
Bastou, durante dez noites me faz jejuar
Se eu tô devendo dinheiro e vem me cobrar
Dotô, a peste abre a porta e ainda manda sentar
Depois, se eu mudo de emprego que é pra melhorar
Vê só, convida a mãe dela pra ir morar lá
Dotô, se eu peço feijão ela deixa salgar
E ontem, sonhando comigo mandou eu jogar
No burro, e deu na cabeça a centena e o milhar
Ah, Dotô, quero me separar...

Patativa do Assaré

Patativa do Assaré
(05/03/1909 – 08/07/2002)
Poeta e repentista cearense, nascido na localidade de Serra do Santana, próximo de Assaré, cego de um olho desde os 4 anos de idade, Antonio Gonçalves da Silva alfabetizou-se aos 12, quando freqüentou a escola por alguns meses, começando logo em seguida a compor versos. Iniciou-se como cantador e violeiro aos 16 anos, e três anos depois, numa viagem ao Pará, recebeu o apelido de Patativa. Com o passar dos anos foi-se tornando conhecido na região, e em 1956 publicou seu primeiro livro, "Inspiração Nordestina". Mais tarde teve outras coletâneas de poemas publicadas, além de diversos folhetos de cordel. Conheceu a fama em 1964, quando Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, gravou "Triste Partida", de sua autoria. Em 1972 o cantor Fagner gravou sua música "Sina" e mais tarde tornou-se produtor de seus discos. Gravou o disco "Poemas e Canções" em 1979, mesmo ano em que o diretor Rosemberg Cariry produz o fime "Patativa do Assaré", em super-8, e "A Terra É Naturá" em 1981. Em 1984 participa das campanhas pelas Diretas e de apoio aos flagelados das enchentes do Nordeste. Também é deste ano o disco "Patativa do Assaré", projeto do Banco do Estado do Ceará. Na década de 90 lançou mais livros, como "Balceiro" e "Aqui Tem Coisa", além de servir como tema para teses e dissertações acadêmicas. Gravado por muitos artistas (Sérgio Reis, Pena Branca & Xavantinho, Rolando Boldrin, Ednardo, Simone Guimarães, Daúde), é tido como fenômeno da poesia popular nordestina, com sua versificação límpida sobre temas como o homem sertanejo e a luta pela vida. Seus livros foram traduzidos em diversos idiomas. No começo de julho de 2002, aos 93 anos, Patativa não resiste à uma pneumonia e falece em sua cidade natal, da qual pegou seu nome artístico emprestado.

Saudade

Saudade dentro do peito

É qual fogo de monturo
Por fora tudo perfeito,
Por dentro fazendo furo.

Há dor que mata a pessoa
Sem dó e sem piedade,
Porém não há dor que doa
Como a dor de uma saudade.

Saudade é um aperreio
Pra quem na vida gozou,
É um grande saco cheio
Daquilo que já passou.

Saudade é canto magoado
No coração de quem sente
É como a voz do passado
Ecoando no presente.

A saudade é jardineira
Que planta em peito qualquer
Quando ela planta cegueira
No coração da mulher,
Fica tal qual a frieira
Quanto mais coça mais quer.

Cidadão

Tá vendo aquele edifício moço?
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me chega um cidadão
E me diz desconfiado, tu tá aí admirado
Ou tá querendo roubar?
Meu domingo tá perdido
Vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar o meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer
Tá vendo aquele colégio moço?
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Pus a massa fiz cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
Vem pra mim toda contente
Pai vou me matricular
Mas me diz um cidadão
Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar
Esta dor doeu mais forte
Por que que eu deixei o norte
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer
Tá vendo aquela igreja moço?
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá sim valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse
Rapaz deixe de tolice
Não se deixe amedrontar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar

Composição: Lucio Barbosa

O Último Cheque



A filha faz 18 anos e o pai está todo feliz por emitir o último cheque da pensão que é paga à ex-mulher, há 17 anos e 11 meses.
Pede para a filha levar o cheque e que ela retorne rapidinho para contar-lhe como ficou a cara da BABACA da mãe dela, ao dizer-lhe que este é o último cheque que ela verá da parte dele.
A filha entrega o cheque à mãe, ouve o que ela diz e volta à casa do pai para dar-lhe a resposta.
- Diga filha, diga filha, qual foi a reação da BABACA DA SUA MÃE?
- Ela mandou lhe dizer que você não é o meu pai.

:o)

Fotos: Cânion da Fumacinha na Chapada Diamantina, Bahia.