09 novembro 2006

O Primeiro Bad Boy

Pode-se afirmar, sem qualquer dúvida, que Paulo César Lima, o Caju, foi um dos jogadores mais polêmicos de todos os tempos. Foi "bad boy" no tempo em que esse termo sequer existia. Boêmio, brigão, polêmico e muitas vezes perseguido, principalmente por ser negro, ficou com a fama de maldito."Sou um negro que não pediu licença aos brancos. Um negro que não pediu, mas exigiu aquilo a que tinha direito", era a explicação de Paulo César Caju para o fato de ser considerado tão problemático. No entanto, se algumas atitudes extra-campo o condenavam, suas jogadas dentro das quatro linhas maravilharam amantes do futebol por todo o mundo. PC, que ganhou o apelido de Caju por ter pintado os cabelos desta cor, atuou por grandes equipes brasileiras como Botafogo, Fluminense, Flamengo, Corinthians e Grêmio, pelo francês Olympique de Marselha , e participou das Copas de 70 e 74 com a seleção brasileira.
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Nascido em 1949, na favela da Cocheira, no Rio de Janeiro, Paulo César tinha o mesmo sonho de qualquer menino pobre: fazer sucesso no futebol e sair da miséria. Como a favela ficava no bairro de Botafogo, nada mais natural que ele fosse tentar a sorte no alvinegro de General Severiano. Como não lhe faltava talento, logo foi aprovado para treinar no clube. Em 1961, aos 11 anos, foi levado para passar a noite de Natal na casa do amigo Fred, filho do então jogador Marinho. "Comi, de uma só vez, galinha ensopada, pudim de leite e pudim de coco", recorda-se, brincando. O menino Paulo César despertou a simpatia de todos na casa, e acabou sendo adotado por Marinho, a quem passou a chamar de pai. Em 1967, aos 18 anos, Caju concretizou de vez seu sonho, ao se tornar jogador do time principal do Botafogo e participar de sua primeira temporada no Glorioso. Seu futebol habilidoso e provocador foi logo chamando a atenção e em pouco tempo se tornou conhecido no Rio de Janeiro. Na final da Taça Guanabara do mesmo ano, consagrou-se ao marcar os três gols da vitória do Botafogo por 3 a 2 sobre o América, de virada. Era apenas o começo da vitoriosa carreira.
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Ainda em 67, Paulo César foi convocado pela primeira vez para a seleção brasileira, e se tornou conhecido de vez, em todo o país. Nesta época também conheceu as noites cariocas e sua fama de boêmio começou. Além disso, tinha a característica de falar o que pensava, sem papas na língua, e isso começou a lhe gerar uma série de inimigos no futebol e fora dele. Envolvido em confusões fora do campo, mas brilhando no Botafogo e na seleção, o ponta-esquerda participou da Copa de 70, no México, e ajudou o Brasil a conquistar a Jules Rimet, porém apenas como reserva. Naquele tempo, o Brasil era um verdadeiro celeiro de craques, e estar no grupo já era motivo de alegria para qualquer jogador. "Sou o único tricampeão com fama de ruim", costumava dizer sobre si mesmo, devido à já espalhada fama de problemático.

















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Um biriteiro chega ao bar e grita:
- Me vê uma pinga aí! O balconista encheu o copo e advertiu:
- Aqui, todo mundo que toma pinga joga um pouco no chão e oferece pro
santo!
O freguês deu uma banana com o braço.
- Pro santo eu dou uma banana!
No mesmo instante, o braço do cara endureceu de tal forma que não se mexia.
- O que aconteceu? - gritou o homem, desesperado.
- O senhor ofendeu o santo e ele o castigou. Mas como é a primeira vez que o senhor vem ao bar, vou resolver isso.
O balconista chamou todos os fregueses e pediu que rezassem e o braço do sujeito foi voltando ao normal.
Um velhinho viu tudo e ficou impressionado.
Então foi ao balconista, pediu uma pinga e tomou-a de uma vez.

O balconista perguntou:
- E pro santo, vovô?
O velhinho abaixou as calças, tirou o bilau mole pra fora e berrou:
- Aqui pro santo, ó!
O bilau do velhinho endureceu na hora e ele sacou uma arma e gritou:
- Se alguém rezar aqui, eu mato!

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Um comentário:

Anônimo disse...

Assisti o Caju aqui em Floripa em 1973 pelo Flamengo. O ataque do Fla era Rogerio, Dada Maravilha e Caju na esquerda. Foi a maior paritda que vi de um jogador de Futebol. O lateral direito do Figueirense era o Marinho, contratado junto a Macaca de Campinas. O Caju quase matou o lateral. Driblou de todas as formas. Pela direita, pela esquerda. Foi um verdadeiro baile.

Abs.

Pedro Goulart