27 novembro 2007

Sem Norte

O rebaixamento do Remo à Série C na semana passada não significou apenas mais um capítulo da recente derrocada dos times do norte no futebol nacional. Com a confirmação do descenso do time de Belém, 2008 se tornará o primeiro ano na história em que a região não contará com nenhum representante em pelo menos uma das duas principais divisões do futebol brasileiro. Desde a primeira edição do Brasileirão, realizada em 1971, as equipes nortistas só não estiveram presentes nas Séries A ou B em 1987 e 1988, quando a competição foi organizada privilegiando os clubes considerados “grandes”, enquanto os clubes da região Norte, mesmo com suas fanáticas torcidas, acabaram esquecidos. O paraense Remo, único representante nortista na Série B, completou a derrocada da região em 2007 com uma campanha medíocre na segundona: acabou rebaixado à terceira divisão a duas rodadas do fim, somando apenas 36 pontos em 38 jogos. Durante a competição, troca de treinadores, reclamação de salários atrasados, além de outros fatores, evidenciaram a falta de organização do atual campeão paraense para a temporada. A distância em relação à região centro-sul do Brasil, aliada à discriminação aos clubes locais, são fatores apontados como culpados pela recente derrocada nortista. “Ao que parece, o Clube dos 13 e a CBF não têm interesse de jogar aqui por causa da distância, apesar de nossa torcida e da festa dos paraenses. Infelizmente, eles não pensam em uma tabela inteligente para os times do norte”, reclama Ricardo Rezende, presidente do Paysandu, que foi eliminado precocemente na segunda fase da Série C.
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O espaço azul é o local onde desabou a arquibancada.
A solução para os problemas estruturais da Fonte Nova pode ser a implosão. De acordo com o arquiteto Vicente Castro, que participou do levantamento feito pelo Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco) em vários estádios do Brasil, é inviável a realização de eventos com grande público na Fonte Nova. Questionado se a implosão seria a alternativa correta, ele respondeu: "essa pode ser uma das saídas, construir uma nova arena". A Fonte Nova, que luta para ser uma das sedes na Copa 2014, é propriedade do Estado da Bahia, foi inaugurada em 1951 e jamais passou por uma reforma completa. O arquiteto explicou que uma nova avaliação no estádio será necessária. "Um novo estudo mais aprofundado precisa ser feito para saber a real situação da Fonte Nova. Temos de avaliar se ela suporta uma reforma e se vai atender às exigências de uma Copa do Mundo", concluiu Castro.
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Nome Oficial:
Estádio Octávio Mangabeira
Inauguração:
28/01/1951
Primeiro jogo:
Botafogo-BA 1x1 Guarany-BA.
Capacidade Atual:
62 mil pessoas.
Recorde de público:
110.438 - Bahia 2x1 Fluminense (1988)
Proprietário:
Governo da Bahia.
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2 comentários:

Pédre Cóshta disse...

Que esse momento baixo das equipas do Norte comece a ser revertido em 2008. Pelo que li do noblíssim Chique ó long dos meses (e agora) as más gestões estão a acabar com o futebol no norte. Que as mentalidades comecem a mudar.

O que esse arquitecto falou é fundamental: fazer uma nova avaliação mais aprofundada do Fonte Nova e, com os resultados obtidos, ver se é viável financeiramente a recuperação, ou seja, se sai mais barato fazer um novo ou remodelar.

abraces, noblíssim baian e nom mensh noblíssim irecense

Gerson Sicca disse...

Revoltante o q aconteceu na fonte nova. Nenhum torcida no Brasil este ano comparou-se com a do Bahia. E a massa recebe isso como prêmio. Uma vergonha.
Qto aos times do Pará, acho q não é só a discriminação q contou para a derrocada. Há sim má administração, assim como tb há dificuldade para mobilizar patrocinadores fortes, que procuram investir nos times do centro do país.