Marilson! Marilson!

Bicampeão da Maratona de Nova York, ao cravar 2h08min42s, o atleta brasileiro Marilson Gomes dos Santos disse que espera uma vez mais ser recebido como herói no Brasil. Depois do fracasso nos Jogos de Pequim, o maratonista brasiliense levou a melhor na disputa do último domingo com o Abderrahim Goumri, do Marrocos, que ficou em segundo. Daniel Rono, do Quênia, chegou em terceiro. Para Marílson, a chegada trouxe muitas lembranças. Ao vencer em Nova York em 2006, ele era quase desconhecido fora do Brasil, e isso ajuda a explicar aquela vitória. Quando disparou na frente dos concorrentes na Primeira Avenida, em Manhattan, ainda a 10 quilômetros do final da prova, nenhum dos principais adversários o acompanhou. Paul Tergat, queniano e ex-recordista mundial da maratona, que chegou em quarto no domingo, diz que não fazia idéia de quem fosse Marílson. O brasileiro cruzou a linha de chegada sem grande competição, em 2006, e o mundo das maratonas, incluindo os apresentadores de TV, teve de correr para descobrir quem exatamente havia conquistado o título de forma tão inesperada. A corrida fez de Marílson um dos astros do esporte. No Brasil, País em geral obcecado
com os astros de seu futebol, o atleta se tornou um herói e foi recebido com um desfile. "Sem dúvida, vencer um grande evento como o de Nova York é excelente para qualquer um", disse Marílson. "Sou bem conhecido no Brasil, todos me reconhecem. A garotada que está começando agora no esporte me admira. Há muitos grupos novos de corredores no Brasil, e as pessoas reconhecem quem sou e o que fiz". Marílson não havia conseguido repetir aquele resultado, nos dois anos passados. Disputou as maratonas de Londres e Nova York em 2007 e fechou as duas provas em oitavo lugar. Em Pequim, ele não conseguiu concluir o percurso da maratona olímpica, atribuindo a culpa ao calor e umidade.
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