22 janeiro 2008

Careca

Quando começou o Campeonato Brasileiro de 1978, ninguém apostava naquele Guarani de Campinas. Alguns até faziam graça com a formação do ataque. Capitão, Careca e Bozó. O tal Careca tinha uma farta cabeleira e ganhou o apelido na infância por gostar muito do palhaço Carequinha. A palhaçada parou aí. O Guarani revelou-se um timaço e o melhor jogador da equipe campeã brasileira era justamente Antônio de Oliveira Filho, o Careca. Surgia ali um dos melhores centroavantes da história do futebol. Até hoje a derrota na Copa de 82 é atribuída à sua ausência. Pouco antes do Mundial, Careca se contundiu e foi cortado. E no quase perfeito time de Telê Santana faltou justamente o artilheiro. Para muitos, a história seria diferente se Careca não se machucasse às vésperas do Mundial da Espanha. Filho do ex-jogador Oliveira, ponta-esquerda da Ponte Preta, Careca descobriu a vocação para os campos aos 7 anos no infantil do Colorado de Araraquara. Mas foi no Guarani que despontou para o futebol. Nos seis anos em que defendeu o time campineiro, marcou 80 gols. Em 1983, foi para o São Paulo e conquistou três títulos: campeão Paulista (1985 e 1987) e Brasileiro (1986). Em 1987, transferiu-se para o Napoli e formou uma inspirada dupla com Diego Maradona. Os dois foram quase beatificados depois que deram dois títulos nacionais (1987 e 1990) mais a Copa da UEFA (1989). Brasileiros e argentinos raramente formam parcerias no futebol. Careca e Maradona, no Napoli, foi uma exceção. "O Maradona era dono de 90% de Nápoles e eu dos outros 10%. Todas as quintas-feiras ele ia a minha casa tomar cerveja, fazer uma feijoada ou um churrasco. Foi uma amizade diferente, verdadeira", lembra Careca. Careca chegou em forma ao México e fez uma Copa quase perfeita em 1986. Faltou companhia, porém. Em 1990, teve o azar de servir no "exército lazarônico" que fez feio no Mundial da Itália. Poderia ter jogado também em 1994, mas sentiu que já havia passado seu tempo na Seleção e pediu dispensa. Coerente, escolheu o Japão para o crepúsculo profissional. Já estava para largar definitivamente a bola quando não resistiu e realizou o sonho de jogar pelo Santos, seu time do coração.
Ficha do Goleador:
Nome: Antônio de Oliveira Filho
Nascimento: Araraquara(SP), 05/10/1960
Posição: Centroavante
Seleção: 64 jogos, 30 gols.
Clubes: Guarani-SP(1976 a 1982), São Paulo-SP(1983 a 1986), Napoli-ITÁLIA(1987 a 1992), Kashiwa Reysol-JAPÃO(1993 a 1996), Santos-SP(1997), Campinas-SP(1998) e São José-RS(1999).
Títulos: Campeão Brasileiro(1978) pelo Guarani; Paulista(1985 e 1987) e Brasileiro(1986) pelo São Paulo; Campeão Italiano(1987 e 1990) e da Copa da UEFA(1989) pelo Napoli.

* * * * *
5
1
2
1
O Corinthians nunca venceu o São Caetano pelo Campeonato Paulista. Até o momento, foram seis confrontos, sendo dois empates e quatro vitórias do Azulão:
2001 São Caetano 1x1 Corinthians – No Anacleto Campanella
2003 São Caetano 3x0 Corinthians – No Pacaembu
2005 São Caetano 2x2 Corinthians – No Pacaembu
2006 São Caetano 2x1 Corinthians – No Anacleto Campanella
2007 São Caetano 1x0 Corinthians – No Pacaembu
2008 São Caetano 3x1 Corinthians – Em Mogi Mirim

1
* * * * *
1

3 comentários:

Anônimo disse...

Este fez falta em 82, quem sabe aquele grupo de otimos jogadores teria tido melhor sorte com mais um craque em campo no lugar do goleador mas botinudo chulapa?
Sempre fui fã do jogador, mas do empresario....to fora.
Saudações vascainas.

Anônimo disse...

Chico, meu bom.
.
Não me faça lembrar do Brão de 1978.
.
O careca com 17 anos, deu um baile no tecnico Emerson Leão.
.
Esse foi um camisa 9 dwe respeito.
Odair Porcolino.

Chico da Kombi disse...

Mestre Ambrósio e Porcolino,
Eu sonhava com o Careca e o Reinaldo do Galo vestindo a camisa 9 do Fogão. Sonhava acordado!!! :o)
Abraços.