03 dezembro 2006

Guerreiro de Ouro

Nalbert Tavares Bittencurt é considerado a alma da seleção brasileira de vôlei que conquistou o ouro olímpico em Atenas. Na década de 80, encantado com a geração de prata, que disputou as Olimpíadas de Los Angeles, esse carioca decidiu abandonar os campos de futebol para jogar vôlei. Começou em um clube perto da sua casa, no bairro de Copacabana, e foi tomando cada vez mais gosto pelo novo esporte, até que aos 17 anos recebeu sua primeira convocação para a seleção brasileira infanto-juvenil.
A partir daí, iniciou-se uma longa história com a camisa amarela, que só veio a terminar em 2004. “Meu maior orgulho, é vestir o uniforme da seleção”, dizia o ponta, que é o único jogador brasileiro que já foi campeão mundial nas três categorias do vôlei internacional: infanto-juvenil (1991), juvenil (1993) e adulto (2002).
Obstinado e disciplinado, Nalbert decidiu, ainda jovem, que queria fazer do vôlei seu meio de vida. Olhando hoje, até parece que tudo foi fácil, mas poucos jogadores chegariam aonde ele chegou. Com 23 anos, Nalbert já era capitão da seleção masculina adulta, e tinha a responsabilidade de substituir Carlão, capitão do time vencedor nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992. Diante do desafio, comentou na época: “Até outro dia eu carregava a bola para os mais experientes e hoje sirvo de exemplo. As coisas acontecem com espontaneidade comigo”.
Se alguém achar que espontaneidade quer dizer sorte, está totalmente enganado. Nalbert sempre foi um guerreiro que soube buscar suas oportunidades. Saiu de casa aos 17 anos para defender o Minas, de Belo Horizonte. Depois, teve passagens pelo Banespa, de São Paulo, e pelo Olympikus, do Rio de Janeiro. Começou a se destacar pela seleção brasileira e foi convidado a jogar no então pequeno time italiano de Macerata, que disputava o campeonato nacional mais forte do mundo. Tornou-se ídolo da torcida local e ajudou a firmar o nome do clube no competitivo cenário do vôlei italiano.
Até nos momentos ruins, Nalbert tirou um aprendizado. Após sofrer duas decepções nos Jogos Olímpicos de Atlanta e Sidney, o ponta resolveu treinar duro para a conquista do ouro. Quando tudo parecia estar correndo bem, a poucos meses das Olimpíadas de Atenas, o jogador sofreu uma lesão séria no ombro esquerdo. Por pouco, o trabalho de quatro anos não foi jogado fora. Com o apoio dos companheiros de equipe e do técnico Bernardinho, Nalbert iniciou um tratamento intensivo e conseguiu se recuperar a tempo de disputar a competição. Sem ritmo de jogo, pouco entrou em quadra, mas sua simples presença foi fundamental para a conquista. Já no pódio, ao receber a medalha de ouro, Nalbert era a imagem da superação. Chorava como uma criança.
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Voltando às origens, o ponta disputou sua última temporada nas quadras em 2005 , conquistando o título da Superliga, o único de importância que faltava em sua carreira, pelo Banespa . “Fico muito feliz de sair com essa imagem”, comemora. A partir de agora terá novos desafios: pretende disputar as Olimpíadas de 2008 no vôlei de praia e sair da China com a medalha de ouro no peito. Se vai ser bem sucedido, não importa. Nalbert já mostrou sua face de verdadeiro campeão.
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As aparências enganam

O sujeito tinha um amigo que era gago de dar dó. Penalizado, um dia lhe indica um fonoaudiólogo famoso por suas curas. Algumas semanas depois, eles se encontram novamente.

- E aí? - pergunta o amigo. - Já teve alguma melhora?

E o gago responde:

- Toco preto, porco crespo. A aranha arranha o arame. O rato roeu a roupa do rei de Roma.

- Que maravilha!

- Po-po-po-de até-té se-ser, ma-ma-mas onde é que-que eu vo-vou u-u-usar e-esta po-po-porca-caria?

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_________Chico da Kombi

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