01 dezembro 2007

Botafogo 6x2 Fluminense

No próximo dia 22, o Botafogo comemora os 50 anos do título do Campeonato Estadual de 1957. Há cinco décadas, o time de General Severiano reforçava o apelido de Glorioso ao aplicar a histórica goleada de 6 a 2 no rival Fluminense, com direito a cinco gols de Paulinho Valentim, sendo o mais bonito de todos o terceiro, marcado de bicicleta. Garrrincha marcou o quinto tento. Sem vencer o estadual desde 1948, os alvinegros tinham um timaço em 1957 mas não fizeram uma campanha espetacular na competição. A "Enciclopédia" Nilton Santos, Garrincha, Quarentinha, Didi, Paulo Valentim, Pampolini, e outros craques formavam a equipe, que tinha no comando ninguém menos do que João Saldanha, o "João Sem Medo". O campeonato estava disputado, e os alvinegros chegaram na partida contra o Fluminense um ponto atrás do adversário. O título seria da equipe que somasse mais pontos no turno e returno da competição. Logo aos 3 minutos, Didi bate falta, Quarentinha tenta, e a bola sobra para Valentim: 1 a 0. Aos 35, Garrincha faz jogada pela direita, a zaga não afasta, e Paulinho completa para o gol. É o segundo dele e do Botafogo. Aos 42, é a vez de Nilton Santos se aventurar pela esquerda. Paulo Valentim recebe a bola alta na área, de costas para o goleiro tricolor Castilho, e finaliza de bicicleta. O Flu diminui o placar aos 6 do segundo tempo, com Escurinho, mas a tarde era mesmo alvinegra. Aos 9, o nome do jogo, Paulo Valentim, dribla dois na área adversária e marca o seu quarto gol. Três minutos depois, Garrincha invade a área e bate cruzado para vencer Castilho: 5 a 1. O Mané ainda daria o passe para o sexto gol, aos 23 minutos, o quinto de Paulinho, que recebeu livre na área. O tricolor Waldo chegou a descontar para 6 a 2 aos 39 minutos mas a festa já tinha começado. O gol do Fluminense no final ajudou na rima dos versos da torcida. "É 6 a 2 no pó-de-arroz". Os cinco gols também levaram Paulo Valentim ao posto de artilheiro do campeonato, com 22 gols. O título foi o primeiro do Botafogo no Maracanã, construído para a Copa do Mundo de 1950, e um dos mais inesquecíveis da história do Fogão.
BOTAFOGO 6x2 FLUMINENSE
Data: 22/12/1957
Local: Maracanã
Público: 89.100
Árbitro: Alberto da Gama Malcher
Gols 1º tempo: Paulinho Valentim(3), sendo um de bicicleta;
Gols 2º tempo: Escurinho, Paulinho Valentim(2), Garrincha e Waldo.
Botafogo:
Adalberto, Beto, Thomé, Servílio, Pampolini e Nílton Santos;
Garrincha, Didi, Paulinho Valentim, Édison e Quarentinha.
Técnico: João Saldanha.
Fluminense:
Castilho, Cacá, Pinheiro, Clóvis, Jair Santana e Altair;
Telê, Jair Francisco, Waldo, Róbson e Escurinho.
Técnico: Sylvio Pirillo.

Paulinho Valentim marcou cinco gols na decisão contra o Fluminense, em 1957.

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Altas horas da madrugada, o casal acorda ao som insistente da campainha. O dono da casa levanta e pela janela pergunta:
- O que é que você quer?
- Olá, eu sei que é tarde. Mas preciso que alguém me empurre. Sua casa é a única nesta região. Você precisa me empurrar!
Louco da vida, o recém-acordado replica:
- Eu não te conheço, são 4 horas da manhã, e me pede para te ajudar? Ah! Vá te catar! Você tá bêbado.
E ele volta aborrecido para a cama. Sua mulher, que também acordou, não gosta da atitude do marido:
- Você exagerou. Já ficou sem bateria antes, bem que poderia ajudar esse cara.
- Mas ele está bêbado - desculpa-se o marido.
- Mais um motivo para ajudá-lo - insiste a mulher.
- Ele não vai conseguir sozinho. Você que sempre foi tão prestativo...
Tomado por remorsos, o marido se veste e vai para a rua.
- Hei, cara, vou lhe ajudar! Onde é que você está?
E o bêbado, gritando:
- Aquiiii... no balanço do jardim...

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7 comentários:

Anônimo disse...

pô amigo Chico, esse "túnel do tempo" foi de lascar, my heart disparou só de lembrar, apesar de ter 5 anos somente na época, com certeza meu Pai (Seu Leonel) hoje com 92 aninhos, vibrou prá caramba e me sacodiu no colo, com certeza :o)))
Esse time do Fogão era demais e agora, nem sombra do passdado.
Abraços e um bom FDS pro amigo e família.
Tarcisio

Pédre Cóshta disse...

Noblíssim Chique, esse túnel do temp, como munte bém falou o Tarcísi' foi espectacular!
Apesar dé na sér botaf'guéns', lér éssas d'shcrições de jóg'sh hishtóric'sh é simpre "máix qui djimáix"!!!

Leio que o noblíssim minêr e vilavelhe Ambrósio quer tirar a minha vaga de frang... digo, goleiro do Fogo! Olhe que eu dou luta, viu! (risos)

abraces, noblíssim baian e nom mensh noblíssim irecénse!!!

Chico da Kombi disse...

Tarcisão, meu rei, em 1957 nós tinhamos Garrincha e hoje temos Renato Silva. :(
Abraço.
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Noblíssim'Pédre,
No portão de General Severiano tem uma fila com mais de 500 candidatos a goleiro do Fogão.
E o clube ainda não tirou a placa de "Precisa-se de Goleiro".
:o)
Abraces

Anônimo disse...

Chicão, meu bom baiano.
Esse time era "bitelão".
Ah! desulpe-me, tu é baiano e talvez não saiba. Bitelo, na região de Bauru, onde nasci, quer dizer grande.
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Esse jogo foi realizado no ano em que nasci (57). Claro que eu nunca ví eles jogarem, mas meu pai sempre falava de Nilton Santos, Quarentinha e do Inesquecível Garrincha.
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Dos times que não ví jogar, esse e o do Santos dos anos 50/60, talvez sejam os que considero "grandes times".
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Chico, o teu blog é mesmo social.
Descobrí que o Foguense Tarcisio, que anda sumido la pras bandas do JA, tem 5 anos a mais que eu e o Pedro Costa, 25, metade da minha idade.
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É o teu blog, fazendo amigos, meu bom.
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Já conversei com o Ambrosio no JA.
Não sabia que ele era vascaino. Jurava que era Foguense.
Abraço a todos, nobres amigos.
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Odair POrcolino.

Ruy Moura disse...

Eu também só tinha 6 anos à época e foi o jogo que "não vi". É o único jogo sensacional do Botafogo desses tempos que não vi. Entre 1961 e 1969 tive o prazer de ver o Botafogo ser campeão muitas vezes, porque em 1961 já tinha dez anos e me lembro bem.

Lamento apenas o fim do Paulo Valentim. Teria merecido melhor sorte, mas há tantos craques que no passado acabaram agarrados à bebida...

Chico da Kombi disse...

Caro Porcolino,
A Academia palmeirense do Ademir da Guia e do Dudu também era um timaço!
O Mestre Ambrósio é vascaíno mas os filhos dele são botafoguenses.
Abraço verdolengo rumo à Libertadores.
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Caro Rui, nasci botafoguense em 1961 e comecei a acompanhar os jogos do Fogão apartir de 1971, naquela final contra o Flu, que o soprador nos gatunou o título.
Saudações alvinegras.

Anônimo disse...

Se eu hoje com 20 anos sou apaixonado por esse futebol, imagine se eu vivesse essa época?!?!?! Achei muito bom esse blog. Agora quando eu estiver no ponto de ônibus, vou pensar melhor na idéia de ir de Kombi...

Espero que visite meu blog: "whsoccermusic.zip.net"

Um abraço.