23 agosto 2007

Goleiro Gylmar

Ser lembrado por todos os sobrenomes é motivo de respeito para qualquer esportista. Que o digam Edson Arantes do Nascimento, Diego Armando Maradona ou Ayrton Senna da Silva. Pois um atleta em especial pode se orgulhar de ser reconhecido por todas as letras com as quais seus pais o registraram. Ele é brasileiro e figura intocável na memória do esporte mais popular do país. Ele é, simplesmente, Gilmar dos Santos Neves. Esse paulista de Santos conseguiu se destacar na época áurea do futebol mundial. Seu mérito, por mais irônico que seja, foi parar grandes craques como Fontaine, Eusébio, Spencer, Garrincha e Canhoteiro. Sua profissão, a de goleiro, é a antítese da arte: evitar a todo custo o momento máximo do esporte. Mas Gilmar soube, com sua segurança e frieza peculiares, mostrar que debaixo dos três paus também crescem heróis. No entanto, mais do que palavras ou testemunhos de quem o viu jogar, os números é que revelam sua obra-prima. Gilmar levantou nada menos que 22 taças em sua carreira, sendo, até hoje, o goleiro mais vitorioso do esporte bretão. Se não bastasse, foi personagem importante em pelo menos dois times que pararam o mundo: a seleção brasileira e o Santos, bicampeões mundiais. Provou que a máxima de que "todo time começa por um grande goleiro" tem motivos para ser até hoje repetida. Gylmar dos Santos Neves nasceu em Santos(SP) no dia 22 de Agosto de 1930. Seu nome de batismo escreve-se com a letra y, mas ficou mais conhecido com a letra i. Hoje, mora em São Paulo e se recupera de um Acidente Vascular Cerebral que o afastou do mundo dos negócios. Sua recuperação é lenta, mas constante.













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Na despedida de André Lima, o Botafogo derrotou o Corinthians por 3 a 1, nesta quarta-feira, no Maracanã, e ficou próximo da vaga nas oitavas-de-final da Copa Sul-Americana. Botafoguense declarado e artilheiro do Campeonato Brasileiro com 12 gols, ao lado de Josiel, do Paraná, o atacante alvinegro vai defender as cores do Hertha Berlin, da Alemanha. Boa sorte, artilheiro. As portas do seu time do coração estarão sempre abertas. Volte logo.

Obrigado, André Limatador.

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5 comentários:

Ruy Moura disse...

Muito boa escolha, Chico. Vi Gilmar jogar muitas vezes nos anos 60 e era notável. No entanto, nutria uma enorme antipatia por ele quando jogava contra... O GLORIOSO!!! (rsrsrs...). Muito boa escolha. É um dos quatro goleiros que mais apreciei: Gilmar, Manga, Carbajal e Iashin. Abraço.

Ruy Moura disse...

O André Lima irá fazer muita falta ao Bota. Eu gostava muito da oportunidade dos seus gols e até mesmo alguns gols de verdadeiro craque. Um contra o Internacional, por exemplo, no 1º turno, foi notável. Penso que o treinador não o usou da forma mais adequada e a saída tornou-se inevitável após constituir-se como artilheiro do Brasileirão e, apesar disso, ter sido logo substituído por um Dodô absolvido mas física e psicologicamente inferiorizado. Abraço.

Iara Alencar disse...

oi querido xico.
parabens pela vitoria.

texto excelente, pena que nao vi gilmar dos santos neves jogar.

Gerson Sicca disse...

O São Paulo escapou por pouco.
Legal o texto sobre o Gilmar.
E qto ao texto do cara que ficou rico, se ele mostrar a mercedes para uma gostosona de 25 anos certamente ela vai aceitar o velho cinqüentão. Afinal, vivemos em um mundo capitalista.

Ruy Moura disse...

Que comentário mais oportuno, Gerson Sicca. É isso aí!!! Eu tenho uma mercedes, cinquenta anos e sei como elas olham... [mas mantenho-me monogâmico...]