08 outubro 2006

Anuro da Sorte

Decidi matar um dia de serviço na empresa e fui jogar golfe. Quando estava escolhendo o taco para o segundo buraco, notei que havia uma rã perto dele. A rã coaxou:
- Croc-croc, taco nove.
Achei graça e resolvi provar que a rã estava errada. Peguei o taco sugerido e bati na bola. Qual não foi a minha surpresa ao ver que a bola parou a um palmo do buraco! Eu exclamei para o batráquio:
- Uau, fantástico! Será que você é uma rã da sorte?
A rã respondeu:
- Croc-croc, rã da sorte.
Resolvi levá-la comigo até o próximo buraco.
- O que você acha, rã? - perguntei.
- Croc-croc, madeira três - disse ela.
Peguei o taco três e bati. Bum! Direto no buraco! Fiquei espantado, sem fala. No fim do dia, tinha feito a maior pontuação em golfe de toda a minha vida.
Aí, perguntei à rã:
- Legal. E agora?
Ela respondeu:
- Croc-croc, Las Vegas!
Então, fomos para Las Vegas, e a rã sugeriu um novo jogo de roleta no elegante cassino do Caesar’s Palace. Lá chegando, perguntei o que deveria apostar.
- Croc-croc, 10 mil dólares, preto 21, três vezes seguidas.
Aquela aposta era alucinada, mas não hesitei. Pus todas as minhas fichas. E acertei na cabeça. Ganhei uma fortuna de milhões de dólares. Peguei toda aquela grana e fui para a recepção do hotel, onde exigi a suíte imperial. Tirei a rã do bolso, coloquei-a sobre os lençóis de cetim e disse:
- Rãzinha, não sei como lhe pagar tantos favores. Você me fez ganhar tanto dinheiro, que lhe serei grato para sempre...
A rã respondeu:
- Croc-croc, beije-me. Mas tem que ser na boca.
A princípio, tive nojo, mas depois pensei em tudo o que ela tinha feito por mim e vi que a bichinha merecia qualquer sacrifício. Como o meu beijo demorou vários minutos, ela inacreditavelmente foi se transformando numa linda ninfeta de 16 anos, completamente nua e, sentada sobre mim, foi me empurrando bem devagarzinho para a banheira de espuma.
- Juro!
- Juro por Deus, meretíssimo: foi assim que esta menina foi parar no meu quarto.

Um comentário:

Anônimo disse...

Chico,
seu blog é um raio de sol que vem alegrar a tarde e a alma chuvosas dessa carioca rubronegra.
Obrigada,meu querido amigo.
Beijo,
Beatriz