28 janeiro 2007

Adílio "Brown"

Desde que chegou ao Flamengo, levado pelo amigo Júlio César "Uri Geller", outro craque rubro-negro, Adílio usou, em todas as categorias de base, a camisa 10. Quando chegou ao profissional, porém, o número já tinha dono: O Zico era o 10, então, ficou com a 8. A sua estréia no profissional foi com a 10, pois substituiu o Galinho (Zico), que estava machucado. Do supertime do Flamengo da década de 80, do qual ainda fizeram parte Leandro, Andrade, Nunes, Tita, e outros, além da categoria, a união da equipe foi uma marca registrada. Quando se vê, hoje em dia no Flamengo, notícias de desunião no time e de guerra de egos entre as "estrelas", a saudade daqueles tempos aperta ainda mais. "Com a gente não havia isso. Até hoje somos amigos. Eu estou sempre com o Júnior, Zico, Rondinelli, Andrade, formamos uma família de verdade. Quando um de nós estava cansado, sem gás, os outros corriam por ele. Era união mesmo, pelo Flamengo. E olha que toda hora saíam jogadores para a seleção, como o Zico e o Júnior, principalmente, e o nível do futebol não caía, porque tínhamos muita garra", lembra, saudoso, Adílio. Idolatrado pelos rubro-negros, Adílio poderia, também, ser um ídolo para todo o país, mas nunca disputou uma Copa do Mundo. O assunto, inclusive, ainda aborrece o ex-craque: "É uma mágoa na minha vida. Fiz apenas dois jogos na seleção brasileira. Em 82, em um amistoso contra a Alemanha, eu fui muito bem na partida, dei o passe para o Júnior marcar um gol, e recebi nota 10 dos jornais, como o melhor homem em campo. Estava tudo a meu favor, muita gente acreditou que eu estava praticamente garantido na Espanha, e eu mesmo achei que estava a um passo de realizar este sonho. Mas, no momento final, não fui chamado. Tenho muitos orgulhos no futebol, só faltou a Copa", lamenta.
Depois de sair do Flamengo, em 1987, Adílio peregrinou por algumas equipes de menor expressão no Brasil, e no exterior. Mesmo assim, teve momentos de brilho: "Quando eu jogava no Itumbiara, de Goiás, fui fazer um amistoso, no Peru, e acabei com o jogo, marcando um gol e dando o passe para outro. Quando a partida acabou, um dirigente do Alianza Lima me chamou e disse que eu não iria embora, de jeito nenhum. Eles encerraram meu contrato no Brasil e fiquei jogando por lá". Depois de passagens pelo futebol Árabe e por outras equipes brasileiras, Adílio encerou a carreira de jogador atuando pelo Barreira, do Rio de Janeiro, em 1995.

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Nome: Adílio de Oliveira Gonçalves
Nascimento: 15/05/1956, na Cruzada de São Sebastião, no Leblon - Rio de Janeiro/RJ
Posição: Meia/atacante
Perfil: Jogador de estilo clássico, de rara habilidade e criatividade, formou com Zico e Andrade um dos melhores meio-campo da história do Flamengo.
Clubes em que atuou: Flamengo entre
1975 e 1987, Coritiba, Barcelona (Equador), América de Três Rios (RJ), Itumbiara (GO), Alianza Lima (Peru), Friburguense (RJ) e Barreira (RJ).
Gols: Fez 129 pelo Flamengo, os mais importantes foram o segundo na vitória de 3x0 na final do
Mundial de Clubes de 1981, contra o Liverpool e o terceiro da vitória de 3x1 sobre o Santos na final do Campeonato Brasileiro de 1983.
Curiosidade: Quando era jogador do Flamengo, Adílio era chamado pelos companheiros pelo apelido de Brown, pois adorava as músicas do James Brown e na concentração vivia cantando e dançando igual a ele.



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__________Códigos Alcoólicos

O bêbado está cambaleando pela rua, de madrugada, quando dá de frente com outro sujeito deitado na calçada, repetindo:

- CRI 2349, CRI 2349...

Maravilhado com a nova mania, ele segue o exemplo do amigo, vai cambaleando até a próxima boca de lobo, se agacha e começa a gritar:

- CRU 7291, CRU 7291...

O primeiro sujeito, ainda estirado, com a cara no bueiro, levanta a cabeça com muito esforço e reclama:

- Cala a boca, ô cara! Desse jeito eu vou esquecer a placa do carro que me atropelou!

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Chico da Kombi

3 comentários:

Anônimo disse...

Chico, até arrepia ler isto e lembrar daquelas equipas fantásticas e que jogavam à bola mesmo.

Deixo para a Beatriz mais comentários a Adílio e essas equipas fantásticas, pois ela é A flaquetizadora, é A especialista no flamengo e viu todos eles no templo maior, o Maracanã.

Abraces, nobre baiane

Anônimo disse...

Pedro,
Adílio dispensa comentários!
Quem o viu em campo sabe que é fato incontestável que ali estava um craque.
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Chico, quer matar a véinha de saudades do mengão?
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Beijos para os dois.

Chico da Kombi disse...

Nobres flamenguistas,
Eu, como botafoguense fanático, sofri muito com Adílio, Andrade e Zico e Cia trucidando meu Fogão nos anos 80.
:(
Abraço, garoto Pedro.
Beijo, guerreira Bea.