09 dezembro 2007

Juvenal Amarijo

Disputar uma final de Copa do Mundo é o ponto alto da carreira de um jogador profissional. Os pouquíssimos que conseguem este feito costumam ganhar fama, prestígio e muito dinheiro. Pelo menos é isso que a maioria das pessoas pensa, mas não foi o que aconteceu com Juvenal Amarijo. Hoje, com 84 anos, Juvenal vive sozinho em uma casa e está impossibilitado de andar por causa de uma artrose no joelho direito. Há 57 anos, ele foi titular de uma das maiores seleções que o Brasil já teve. No dia 16 de julho de 1950, a seleção entrava no campo do Maracanã para disputar, contra o Uruguai, a final da Copa do Mundo: a única realizada no Brasil. O zagueiro Juvenal imaginava sair do estádio como um dos heróis da conquista, mas a surpreendente derrota por dois a um mudou o rumo da vida de todos os jogadores brasileiros. Só dois jogadores daquela partida continuam vivos: Friaça e Juvenal. Poucos anos depois da Copa, o gaúcho Juvenal jogou no Bahia e mora por aqui até hoje. A casa, que tem menos de dez metros quadrados, não é dele. Juvenal sobrevive graças à ajuda de vizinhos e amigos. Diante de tantas dificuldades, Juvenal faz um apelo por atendimento médico e qualquer forma de ajuda. Quase sempre sozinho no quarto, o ex-zagueiro só tem o rádio como companhia, uma forma de diversão. O aparelho, que era a única maneira de os brasileiros acompanharem a Copa de 1950, é, hoje, a única ligação de Juvenal com o mundo exterior. E foi pelo rádio que ele ficou sabendo qual será o país-sede da Copa de 2014. A competição será daqui a sete anos. Com 90 anos, o velho jogador quer estar novamente no Maracanã, mas dessa vez como torcedor. A diretoria do Bahia e a prefeitura de Camaçari anunciaram um acordo para a construção de uma nova casa para o ex-zagueiro da Seleção Brasileira e do clube. De acordo com os dirigentes tricolores, que inicialmente pensavam em reformar a residência do ex-jogador, o Bahia vai disponibilizar mão-de-obra e uma parte dos materiais de construção. A prefeitura de Camaçari também vai entrar com o material de construção.
Nome completo: Juvenal Amarijo
Data nascimento: 27/11/1923
Local nascimento: Santa Vitória do Palmar (RS)
Posição: Zagueiro

Seleção Brasileira: 11 jogos, nenhum gol
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Clubes onde jogou:
1943-1948 – Cruzeiro-RS
1949-1951 – Flamengo-RJ
1951-1954 – Palmeiras-SP
1954-1958 – Bahia-BA
1958-1959 – Ypiranga-BA
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A proposta de abraçar a Fonte Nova não foi cumprida como havia sido planejada, mas a vontade de homenagear os sete torcedores do Bahia mortos no último dia 25 de novembro durante o jogo do tricolor contra o Vila Nova, de Goiás, foi maior que a quantidade de braços (cerca de 300) que se entrelaçaram na Ladeira da Fonte Nova na manhã deste sábado.
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5 comentários:

Anônimo disse...

Chico, meu BB(bom baiano é claro).
Parabéns pelo teu blog. Tá bom d+.
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Quando ví essa matéria sobre o Juvenal no Esporte Epetacular, fiquei sensibilizado.
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Ele mesmo admite que fez bsteiras na sua juventude e gastou seu dinheiro com mulheres e outras coisas.
Meu pai, que morreu em 90 e nasceu em 24, falava desse "Juvenal", que ele viu jogar no Estádio do Norusca, em Bauru, quando da sua passagem pelo Palmeiras.
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Chico, será que os clubes que ele defendeu, como o Palmeiras, não pode dar uma ajuda a esse homem?
Com tantos jogadores ganhando milhões de euros por ano, não podem ajudar a dar uma vida mais digna a esse ser humano?
"Que a tua mão direita não veja o que faz a mão esquerda". Não precisa aparecer, é só ajudar.
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Desculpe-me amigo pelo desabafo.
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Essa loira aí da foto, desse ser uma tua prima escandinava, que tava passando férias em Salvador, não?
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Abraços verde esperança.
Salve o Verdão e o Fogão.
Odair Porcolino.

Anônimo disse...

Chicão, desculpe o retrorno.
Tomei a liberdade de convidar o pseudo "Professor Pasquale" do JA à participar aqui do teu blog.
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É só não ficar observando pequenos erros de portugues/digitação, que tudo vai bem.
Abraços.
Odair Porcolino.

Chico da Kombi disse...

Caro Porcolino, quem devia socorrer o Juvenal era a rica CBF.
Depois que o caso dele saiu na mídia, a vida melhorou pra ele.
Um ortopedista de Irecê, que trabalha em Salvador e já cuidou do joelho da Carla Perez, o dr.Lapão, está cuidando do Juvenal e garantiu que ele volta a andar em três meses. A casa nova que o E.C.Bahia e a prefeitura de Camaçari estão construindo pra ele, fica pronta antes do Natal.
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Eu não tenho formação superior e não ligo quando corrigem os meus erros.
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Obrigado pelo carinho, caro Odair.
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Abraço verde-limão.

Pédre Cóshta disse...

Fiquê sensiblizád plo r'lát que o noblíssim Chique clocou aqui.

É fique munt fliz por eshtárem fazénd álg por Juv'nal.

Munte bnita a iniciativa que t'rcedôr'sh de Vitória e Bahia tomaram.

abraces, noblíssim baian e nom mensh noblíssim irecénse!!!

Pédre Cóshta disse...

ris'sh
Só agora é qué vi o fót adrêêêê!!!
Adrê é adorei! (ris'sh)
É quande fále com o staq algarvi digue adrê. É às vezes fic imaginand o noblíssim Chique lénd o qué eshcrêve com a m'nha pr'núncia! Dév f'cár munte engraçád! (ris'sh)

abraces, noblíssim baian e nom mensh noblíssim irecénse!!!