VDK-1854

A história do primeiro título brasileiro do Fogão, em 1968:
Interpretada por Cynara e Cybele, “Sabiá”, de Chico Buarque e Tom Jobim, foi a vencedora do III Festival Internacional da Canção, mas “Pra não dizer que não falei de flores”, do paraibano Geraldo Vandré, saiu consagrada e virou hino de resistência à ditadura militar. Naquele 1968 marcado pela luta contra o regime, que entraria para a história como “o ano que não terminou”, o Botafogo pôs fim à hegemonia do Santos, de Pelé, e do Palmeiras de Ademir da Guia, no futebol brasileiro. O título da Taça Brasil foi a primeira conquista nacional de um clube carioca, ainda que só tenha acontecido em 1969. “Foi o primeiro de um clube carioca e o meu quinto como profissional em menos de dois anos de carreira”, brinca Paulo César Caju, que jogou apenas três dos sete jogos por estar discutindo as bases de um novo contrato.
Os sete jogos, na verdade, foram seis e meio. Cariocas e paulistas só entravam nas fases finais da competição, organizada desde 1959 pela antiga Confederação Brasileira de Desportos (CBD) com os campeões estaduais para indicar os representantes brasileiros na Copa Libertadores. O Botafogo estreou contra o extinto Metropol, campeão catarinense que, na fase de grupos, regionalizada, eliminou o Grêmio. No Maracanã, um passeio alvinegro (6 a 1). O jogo de volta, no Heriberto Hulse, realizado dia 8 de dezembro, cinco dias antes da edição do AI-5, terminou aos 40 minutos do segundo tempo com o placar de 1 a 0 para os catarinenses, após choque violento entre Di, do Metropol, e o alvinegro Humberto, que gerou briga e invasão de campo. “Os estádios no interior eram precários e, como não existia antidoping, tinha jogador que entrava em campo espumando”, lembra o ex-volante Carlos Roberto, titular em 1968 e campeão carioca como técnico do Fogão em 2006.
O regulamento estabelecia um terceiro jogo no local do segundo, mas a CBD vetou o Heriberto Hulse justificando a iluminação precária. O imbróglio nos bastidores durou quatro meses e impossibilitou a participação de clubes brasileiros na Libertadores de 1969. Santos e Palmeiras, então, abandonaram a competição. Botafogo e Metropol só voltaram a se enfrentar no dia 2 de abril de 1969, em General Severiano. Aos 14 minutos do segundo tempo, com o jogo empatado em 1 a 1, um temporal obrigou o juiz Armando Marques a suspender a partida. Dois dias depois, a CBD ordenou a continuação, mas, já a caminho de casa, os catarinenses declinaram.
A semifinal valeu como decisão antecipada. Do confronto entre os cariocas e o Cruzeiro de Raul, Fontana, Dirceu Lopes, Tostão e Palhinha, sairia o adversário de Fortaleza ou Náutico. O Botafogo venceu no Mineirão por 1 a 0, gol de Ferreti – que seria o artilheiro da Taça Brasil, com sete gols – e no Rio, garantiu a vaga ao empatar em 1 a 1, gols de Palhinha e Roberto Miranda. “Fui expulso com o Fontana e saímos do Maracanã direto para uma delegacia”, relembra Roberto.
O Botafogo empatou com o Fortaleza em 2 a 2 no Estádio Presidente Vargas e fez 4 a 0 no Fortaleza, no Maracanã, assegurando o título num jogo que, na edição do “Globo” de 6 de outubro de 1969, foi descrito como “fraco porque o quadro cearense em momento algum ameaçou a equipe carioca, que até se desinteressou por contagem maior”.
“Quantos clubes tem o Campeonato Brasileiro hoje? 20? Pois é, aquele teve 23. Fomos campeões brasileiros”, comemora Paulo César Caju.
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Vdk321 Fogão Campeão Brasileiro 1968:

Vdk333 Botafogo 6x1 Metropol-SC

Vdk333 Botafogo 0x1 Metropol-SC (F)

Vdk333 Botafogo 1x0 Metropol-SC

Vdk333 Botafogo 1x0 Cruzeiro-MG (F)

Vdk333 Botafogo 1x1 Cruzeiro-MG

Vdk333 Botafogo 2x2 Fortaleza-CE (F)

Vdk333 Botafogo 4x0 Fortaleza-CE

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A segunda rodada do Lotokombi começa hoje, às 21h, com Vila Nova-GO x Ponte Preta-SP. Participe e concorra a camisa VDK.

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